Um estudo publicado em Julho/2020 pelo Journal of Autism and Developmental Disorders avaliou 1.067 crianças que foram submetidas a uma avaliação de triagem para Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Um dos dados mais surpreendentes e atrativos trazidos por este estudo foi a incidência (nascimentos) de crianças com o diagnóstico de TEA, sendo de 3,1%, o que corresponde a 1 caso para cada 32 nascimentos, aproximadamente. Essa taxa é a mais alta dos últimos estudos realizados, colocando o TEA como um dos principais atrasos do neurodesenvolvimento.
Após a análise dos questionários dessas crianças que receberam o diagnóstico comparados com os questionários de crianças do grupo de desenvolvimento típico, as maiores dificuldades percebidas em crianças com TEA foram às habilidades motoras, sociais e de comunicação, principalmente durante os primeiros 18 meses de vida, o que ressalta a importância de um diagnóstico e intervenção precoce.
Outro dado relevante neste estudo foi a proporção entre meninos e meninas com diagnóstico sendo de aproximadamente 2:1. Uma diferença menor do que aquela habitualmente relatada de 4:1.
Este estudo é de extrema importância para toda comunidade científica e da saúde, pois nos atenta para a importância de um diagnóstico precoce, a procura por profissionais capacitados e atualizados e nos atenta para o aumento exponencial desse diagnóstico.
Quanto mais cedo o diagnóstico e intervenção, menores são os prejuízos!