Quando falamos de alfabetização de crianças com atraso no desenvolvimento, como autismo ou deficiência intelectual é comum pensarmos que esse será um longo caminho a ser percorrido, já que essas crianças costumam apresentar limitações em seu desenvolvimento que podem dificultar bastante o processo de aprendizagem.
Felizmente, contamos com a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para nos ajudar nesse processo. Segundo os princípios da ciência ABA, todo comportamento pode ser modificado e novos comportamentos podem ser ensinados.
A Alfabetização pela ciência ABA baseia-se no Método de Equivalência de Estímulos, o qual tem maior evidência científica de eficácia comprovada, para a alfabetização de pessoas com TEA e deficiência intelectual. O enfoque principal é o ensino de escrita por recombinação e compreensão de leitura.
O primeiro passo para elaborar um programa de alfabetização para uma criança autista é identificar as habilidades que são essenciais para que o aprendizado ocorra, como as habilidades de linguagem, motoras, sensoriais e outras.
O segundo passo é realizar o levantamento do repertório comportamental da criança. Ou seja, fazer uma avaliação para saber quais dessas habilidades a criança já apresenta e quais ainda precisam ser desenvolvidas.
O comprometimento de um verdadeiro trabalho em conjunto entre neuropsicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e médicos é imprescindível. Importante lembrar que a intervenção multidisciplinar com profissionais capacitados é fundamental para que ocorra o desenvolvimento das crianças, dos adolescentes e também dos adultos que convivem com o autismo e deficiência intelectual.