Segundo a revista Nature, um medicamento experimental é uma das maiores esperanças do mundo contra o COVID-19 e pode reduzir o tempo de recuperação da infecção por coronavírus.
Isso de acordo com o maior e mais rigoroso ensaio clínico do composto.
O medicamento experimental, chamado remdesivir, interfere na replicação de alguns vírus, incluindo o vírus SARS-CoV-2 responsável pela pandemia.
Segundo a Nature, em 29 de abril, Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, NIAID, e que faz parte do Departamento de Saúde norte-americano. anunciou o ensaio clínico de mais de mil pessoas.
O estudo comprovou que pessoas que tomavam remdesivir se recuperavam em 11 dias em média, em comparação com aqueles que utilizam placebo e tinham recuperação em 15 dias.
“O que provou é que um medicamento pode bloquear esse vírus”, disse Fauci.
As mortes também foram menores nos participantes do estudo que receberam o medicamento, disse ele, mas essa tendência não foi estatisticamente significativa.
O tempo de recuperação reduzido, no entanto, foi significativo e foi um benefício suficiente para que os investigadores decidissem interromper o estudo mais cedo por razões éticas, disse ele, para garantir que os participantes que estavam recebendo placebo agora pudessem acessar o medicamento.
Fauci acrescentou que o remdesivir pode se tornar um tratamento padrão para o COVID-19.
Testes
Em um teste conduzido pelo fabricante do medicamento, Gilead Sciences de Foster City, Califórnia, mais da metade dos 400 participantes com COVID-19 grave se recuperaram de sua doença duas semanas após o tratamento.
Outro estudo menor realizado na China não encontrou benefícios com o remdesivir quando comparado com um placebo.
Mas a análise dos resultados foi interrompida mais cedo por conta da dificuldade de encontrar participantes quando o surto diminuiu na China.
No entanto, os espectadores esperam que o grande estudo do NIAID traga esperança em uma corrida para encontrar um medicamento que funcione contra o coronavírus, que já infectou mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo.
“Há muito foco no remdesivir, porque é potencialmente a melhor chance que temos”, diz o virologista Stephen Griffin, da Universidade de Leeds, no Reino Unido.
Fonte: Só Notícia Boa com informações da Nature