[ad id=”92272″]
Por meio de uma parceria firmada entre a Secretaria Municipal de Saúde, Santa Casa de Misericórdia e AME (Ambulatório Médico de Especialidades), estão sendo realizadas em Ituverava, sempre às quartas-feiras, operações gratuitas de glaucoma. Os procedimentos são feitos pela médica especialista, Ísis Marques Montenegro Ferrão, na Santa Casa e agendadas pelo AME.
Neste ano, já foram realizadas seis cirurgias. “A demanda surgiu através do atendimento do AME, e então tentamos o encaminhamento para outras referências, mas não obtivemos sucesso devido à superlotação de todos os serviços”, explica a administradora da Santa Casa, Cláudia Maria Carreira Frata, em entrevista à Tribuna de Ituverava.
“Em consideração e respeito aos pacientes, tentamos buscar solução e graças à disposição e profissionalismo da médica especialista, Dra. Isis; da Secretaria Municipal de Saúde, em autorizar a emissão das AIHS, e da Santa Casa que disponibilizou a estrutura. Só esta sendo possível realizar este procedimentos devido a parceria”, observa.
Demanda pelas Cirurgias
Ainda de acordo com ela, a demanda pelas cirurgias se deve ao AME, devido à excelente capacidade de diagnóstico do ambulatório, no que se refere a equipamentos e equipe. É ao órgão que os interessados no processo cirúrgico devem se dirigir. “Ituverava vem se consagrando como importante pólo de desenvolvimento da Saúde, sempre inovando e transgredindo novos procedimentos, fazendo com que o paciente não tenha que se deslocar para outras localidades”, afirma Cláudia.
“Isso só é possível graças à integração de diversos setores da Saúde que enxergam a área como um todo, e juntos, buscamos sempre resultados melhores”, completa.
Glaucoma é Preocupante e pode levar à Cegueira
O glaucoma é uma doença ocular capaz de causar cegueira, se não for tratada a tempo. Considerada pela OMS (Organização Mundial da saúde) a segunda principal causa de cegueira no mundo, a doença, na maioria das vezes, não causa dor ou incômodo no início.
É uma enfermidade crônica, potencialmente progressiva e que não tem cura, mas na maioria dos casos, pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais rápido o diagnostico, maiores as chances de se evitar a perda de visão.
“Existem fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada (acima de 40 anos), hipertensão arterial, diabetes, miopia elevada, raça negra e hereditariedade (transmissão para pessoas da mesma família) podem estar associados”, afirma a oftalmologista Ísis Marques Montenegro Ferrão, em entrevista à Tribuna de Ituverava.
“O glaucoma crônico simples se forma quando a pressão dentro do olho se eleva no decorrer dos anos, causando alterações no nervo óptico. Dentro do olho, é produzido um líquido chamado humor aquoso que circula continuamente. Ele é produzido e escoado em equilíbrio. Quando os canais que drenam este líquido deixam de funcionar adequadamente, a pressão dentro do olho se eleva”, explica a médica.
Ainda segundo ela, são consideradas medidas normais de pressão intra-ocular de 12 até 21 mmHg (milímetros de mercúrio). “O fato é que não existe um nível especifico de pressão ocular elevada que definitivamente cause o glaucoma. E também não há um nível menor de pressão intra-ocular que possa eliminar por completo o risco de uma pessoa desenvolver o glaucoma. É sabido que o dano no nervo óptico geralmente é causado por um aumento da pressão intra-ocular, mas pacientes com níveis normais de pressão intra-ocular também podem desenvolver o glaucoma”, ressalta.
Exames
Ela também lembra que o glaucoma pode ser detectado somente após um exame oftalmológico cuidadoso em que o médico faz a medida da pressão intra-ocular, o exame do fundo do olho e, quando necessário, o campo visual.
“O portador do glaucoma, quando não tratado, começa a perder a visão periférica, ou seja, quando o individuo olha para frente, enxerga nitidamente, porém não percebe imagens laterais, como se estivesse vendo por um tubo. Nos estágios finais, a visão é perdida totalmente chegando à cegueira”, destaca.
Tratamento
O tratamento para glaucoma pode ser com colírios, laser ou cirurgia. “O tratamento clínico envolve o uso de diferentes colírios para controle da pressão intra-ocular. O tratamento adequado para cada paciente deve ser seguido conforme orientação médica”, destaca.
“O glaucoma não tem cura, mas é possível do controle e tratamento adequado da doença, por isso é necessário o acompanhamento clínico com consultas periódicas ao oftalmologista”, orienta a médica Ísis Marques Montenegro Ferrão.
Quais são os tipos de glaucoma?
Glaucoma crônico de ângulo aberto – 80% dos casos, não apresentam sintomas no inicio.
Glaucoma agudo – Caso de emergência clínica, uma vez que causa uma intensa dor ocular e náusea, assim como vermelhidão ocular e visão embaçada. Sem tratamento, o paciente pode ficar cego em apenas poucos dias.
Glaucoma de ângulo fechado – Em geral, ocorre em pacientes portadores de hipermetropia. Pode causar borramento da visão transitório e requer tratamento especifico com iridotomia a laser.
Glaucoma de pressão normal – Doença silenciosa com dano no nervo óptico e perda de campo visual, sem que a pressão ocular esteja alta.
Glaucoma secundário – Glaucoma decorrente de outras doenças (por exemplo, diabetes), medicamentos (por exemplo, corticóides) ou traumas oculares.
Glaucoma congênito – crianças que nascem com glaucoma, geralmente apresentam sintomas como sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, olhos de tamanho aumentado.