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Quando você sai para fazer compras, as propagandas para atrair o consumidor e as possibilidades para facilitar a venda são infinitas: fotos lindas e chamativas, descontos “imperdíveis”, ofertas de parcelamento, juros zero… até cafezinho entra no combo para atrair consumidores e fechar o negócio. Tentador? Muito. Perigoso? Mais ainda.
Segundo pesquisa do SPC Brasil, 29 por cento dos brasileiros dizem não conseguir fechar as contas do mês, pois sempre recorrem ao parcelamento ou a empréstimos para conseguir comprar o que desejam e pagar as contas que precisam. “O crédito fácil destinado a aquisição de itens que poderiam ser comprados à vista (como roupas e calçados) pode se tornar um problema, devido à perda da noção dos gastos e compras sem pensar, gerando até um descontrole das compras e uma consequente inadimplência”, explica Marcela Kawauti, economista do SPC Brasil.
Para ajudá-lo a não cair na tentação dos descontos, das propagandas e de comprar por impulso, o Portal Meu Bolso Feliz entrevistou Triana Portal, psicóloga clínica e membro da Sociedade Brasileira de Psicologia, e listou 11 dicas para evitar comprar por impulso e, assim, manter uma educação financeira saudável!
Cuidado com os sentimentos
1 – Não faça compras tentando preencher um vazio emocional, como por exemplo uma frustração, uma insegurança, sensação de solidão… Se você está triste porque sofreu uma decepção com o namorado, o filho ou o trabalho, lembre-se que um sapato ou uma roupa podem trazer uma satisfação momentânea, mas não resolverão os problemas ou evitarão novas preocupações. Dívidas imprevistas podem piorar ainda mais seus problemas.
2 – Se você vai ao shopping e simplesmente ‘ama’ aquele vestido ou relógio, não compre na hora. Vá para casa, pense a respeito, veja se não tem uma peça muito parecida e avalie se realmente precisa daquilo. Se, passados alguns dias, você chegar a conclusão que gostaria mesmo de comprar aquele artigo, aí então retorne ao estabelecimento e efetue a compra.
3 – Mesmo amando o produto e chegando a conclusão que precisa dele, avalie se, naquele mês, pode gastar aquele dinheiro. “Lembre-se de que parcelar nunca deve ser a primeira opção e que o gasto com esse tipo de produto deve estar previsto no orçamento de despesas extras do mês”, aconselha José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz.
Fique atento aos seus próprios hábitos e controle-se
4 – Observe se você acumula coisas demais em casa e se, com frequência, demora para tirar a etiqueta das roupas que adquire. Ter muita coisa que não usa tanto é um indício de que você faz compras por impulso e desnecessariamente.
5 – Faça o mesmo com as parcelas do cartão de crédito e boletos em aberto. Se você está cheio de dívidas e, muitas vezes, nem lembra quais são elas, você pode ser um comprador impulsivo.
6 – Observe se tem vontade de “aproveitar” todas as ofertas que vê pela frente e controle-se. É comum comprarmos coisas que não precisamos, nem planejávamos comprar, simplesmente porque “está valendo a pena”. Esqueça tudo isso. “Repita para você mesmo que promoções existem a todo o tempo e guarde seu dinheiro para quando, de fato, precisar”, aconselha Vignoli.
Blinde-se contra o impulso
7 – Aposente por um tempo o cartão de crédito e o cheque. Se não for possível, deixe-o em casa quando sair simplesmente para passear, assim você evita a tentação de uma compra por impulso.
8 – Quando for ao mercado leve uma lista do que você precisa e seja fiel a ela. Evite passear por corredores pois pode acabar comprando coisas desnecessárias.
9 – Evite passear em shoppings ou sair às compras com os amigos gastadores. Procure também não entrar em sites ou páginas de redes sociais de lojas que você gosta.
10 – Mantenha sua planilha financeira em dia e anote todos os seus gastos. Assim, você visualiza para onde seu dinheiro vai, com o que está gastando e se você está gastando dentro das suas possibilidades. Para te ajudar nesse processo, use o Simulador Diagnóstico Financeiro.
Admita o problema
11 – Se você já está endividado ou não consegue conter seu impulso por compras é importante que você admita que está com problemas e trace um plano para evitar que a situação se agrave ainda mais (abaixo). “Algumas pessoas se envergonham de contar para a família sua situação e acabam se endividando mais e mais, principalmente porque não mudam seu padrão de consumo, além de pegar empréstimos para quitar dívidas e se enrolar ainda mais”, conclui Triana.
Como evitar o efeito “bola de neve”:
– Conheça suas receitas e despesas e entenda onde pode economizar e que gastos pode cortar;
– Faça escolhas. Se precisa apertar os cintos, diminua seus gastos com supérfluos. Que tal reduzir os jantares em restaurantes durante um tempo?
– Se tiver dívidas em aberto e sentir que está com dificuldade de pagá-las, negocie com o banco e tente trocá-las por uma modalidade que oferece juros mais baixos.
– Utilize todas as dicas da matéria para evitar comprar sem necessidade!
Natália Chagas – Meu Bolso Feliz