
Uma menina de 6 anos passou mal e foi atendida em uma unidade de saúde deRibeirão Preto (SP) após ter consumido um cigarro de maconha. A criança foi socorrida pela família, que acusa dois jovens, de 16 e 18 anos, de oferecem a droga à garota na noite desta quinta-feira (30). A Polícia Civil procura pela dupla, que fugiu após o acontecimento.
A mãe da menina, a diarista Daniela Matias Francisco, de 35 anos, conta que a filha estava brincando em frente à casa onde mora, no bairro Monte Alegre, quando um dos jovens entregou o cigarro de maconha à garota e disse para colocá-lo na boca. “Ela entrou em casa mole, com cheiro de maconha, os olhos muito vermelhos e começou a chorar. A gente perguntou o que havia acontecido e ela contou os detahes”, afirma.
A criança foi levada para a Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) Vila Virgínia, onde ficou em observação e depois foi liberada. Segundo Daniela, a médica afirmou que os efeitos da droga já haviam amenizado, apesar do mal-estar sentido pela menina. A pedido da Polícia Civil foi realizado exame de sangue para comprovar a ingestão do entorpecente.
Suspeitos fugiram
Revoltada com a história, a diarista ligou para a Polícia Militar, mas os suspeitos não foram encontrados. Daniela disse nunca imaginava que isso pudesse acontecer, porque um dos jovens é vizinho da família.
“O pessoal sempre fica conversando na rua e as crianças ficam brincando. Moro há 30 anos no mesmo lugar e nunca havia acontecido algo assim”, afirma a diarista, que tem outros três filhos. “Fiquei sabendo que o outro rapaz mora na favela e saiu da cadeia há dois meses. Quero que a polícia encontre esse jovens e eles paguem pelo que fizeram.”
Conselho Tutelar
A conselheira tutelar Rita de Cássia Cardoso, responsável pelo bairro onde a família da garota mora, disse que ainda não foi informada sobre a ocorrência. “Iremos convocar o pai e a mãe para que eles informem detalhes sobre o caso”, comentou.
Rita explicou que os pais assinarão um termo de proteção à criança, se comprometendo a acompanhar a menina durante avaliação psicológica. “Perder a guarda da criança é uma medida muito extrema, quase nunca aplicada. Ela continuará com a família, mas receberá atendimento com psicólogos e assistentes sociais.”
Eduardo Guidini
Do G1 Ribeirão e Franca