Há seis dias, Stephanie Ribeiro Catalão, de 14 anos, quase não come, não dorme e passa o tempo chorando pelos cantos da casa depois que seu cachorro da raça shih tzu desapareceu misteriosamente no bairro Jardim Procópio, em Ribeirão Pretox (SP). Abatida e com febre, a estudante procura pelo cão com a ajuda da família, que já percorreu vários bairros da Zona Norte da cidade em busca da mascote. “Ela já perdeu uns três quilos desde que ele desapareceu. Não come quase nada”, lamenta a mãe da garota, a corretora de imóveis Sueli Rosangela Ribeiro.
O cachorro desapareceu na sexta-feira (24). Stephanie explica que ele tinha como hábito fazer xixi em uma árvore na frente da casa onde a família mora, na Rua Vereador Horácio Arantes Silva. “A gente abria o portão, ele ia, fazia xixi e voltava rapidamente. Sempre foi assim. O shih-tzu é um cachorro de casa e, como ele já tinha mais idade, ele transformou isso em rotina. Na sexta, entretanto, ele saiu de casa para fazer a mesma coisa e sumiu”, diz.
No mesmo dia, a menina e a família percorreram as ruas do bairro e foram às casas de todos os vizinhos para saber se alguém tinha alguma informação sobre o cão. No entanto, eles não conseguiram nenhuma pista. “Tenho certeza que foi alguém que pegou porque olhamos a câmera de segurança de uma casa e o Pedro não passou pela rua. Vimos um carro suspeito e acredito que foram essas pessoas que o pegaram. Para nosso azar, eram 18h, estava escuro e chovendo. Não dá para ver quem foi ou o número da placa”, conta a estudante.
A mãe da adolescente conta que o cão é o xodó da filha. “O cachorro é a vida dessa menina, ela é apaixonada por ele e vice-versa. Ele dormia na cama dela, ia atrás dela para o banheiro”, afirma Sueli.
Na busca pelo cãozinho, Sueli já estima ter gasto R$ 100 por dia com a impressão de cartazes para ajudar a encontrar o shih tzu. A cada ligação, a família se enche de esperança, mas todas as indicações passadas até o momento eram alarmes falsos.
“Já fizemos mais de 500 cartazes. Colocamos em todos os lugares. Quatro pessoas que viram esses lembretes nos ligaram com dicas, mas ele não foi encontrado. A família toda está muito preocupada, não conseguimos fazer mais nada. Peço muito que ele seja devolvido”, apela a corretora.
Inconsolável, Stephanie ainda guarda a esperança de que o seu cãozinho de estimação seja encontrado. “É difícil aceitar. Preferia que ele tivesse morrido na minha frente ao invés disso. Não aceito ficar sem saber onde ele está, se está bem, se está passando mal. Preciso encontrar o Pedro Henrique”, conclui.
Eduardo Guidiniv do G1 Ribeirão e Franca