O Hospital de Câncer de Barretos (SP) inaugura neste sábado (23) uma nova ala de tratamento infantojuvenil com centro cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e setor de internação. O projeto, que teve investimento de R$ 30 milhões, segue o mesmo conceito do restante do hospital, objetivando tornar mais agradável o convívio das crianças e de suas famílias com o ambiente hospitalar.
Um dos maiores diferenciais da nova ala é a instalação de um aparelho de ressonância magnética dentro do centro cirúrgico, possibilitando a realização de exames sem a necessidade de interromper a operação. “O olho humano tem limitações para enxergar alguns tumores, que se parecem muito com tecidos normais. Quando o médico não tem o equipamento na sala, é obrigado a encerrar a cirurgia e deixar para fazer o exame no dia seguinte”, explica o diretor da ala infantojuvenil, o pediatra Luiz Fernando Lopes.
O prédio também é composto por lanchonetes, brinquedotecas, áreas de lazer e uma decoração totalmente voltada para os menores. Segundo Lopes, a possibilidade de interação dos pequenos pacientes com outros tipos de ambiente torna o tratamento mais efetivo.
“As crianças não gostam de ficar onde estão muitos adultos. Elas ficam mais quietas e tristes em um hospital convencional. Aqui elas não se sentem em um hospital pela quantidade de áreas de recreação, pela quantidade de cor, pelos brinquedos. Isso muda tudo no resultado final do tratamento”, avalia Lopes.
A arquiteta Carla Vilhena Darahem atuou no desenvolvimento do projeto e explica que o conceito também é fundamental para dar mais tranquilidade e segurança aos bebês. “A criança entra e sente como se estivesse em um shopping center. A ideia é fazer ela se divertir. Apenas quando está no consultório para fazer a consulta, percebe que está no médico”, diz.
Aprovação
Os cuidados com os projetos arquitetônico e decorativo recebem aprovação das famílias. A dona de casa Mércia Lúcia Vilela conta que quando está com o filho no hospital, chega a esquecer das fases difíceis pelas quais passou durante o tratamento.
“Aqui a gente se sente mais segura e confortada. Os brinquedos e as áreas de lazer ajudam muito, porque distraem as crianças e nos deixam mais tranquilas. Elas não ficam com medo, não choram por saber que estão esperando para ir ao médico”, afirma.
Do G1 Ribeirão e Franca