![Santa Casa de Franca tem dívida de R$ 70 milhões (Foto: EPTV)](https://i0.wp.com/visaoregional.com.br/wp-content/uploads/2013/03/staCasaFranca.jpg?resize=300%2C225&quality=90&strip=all)
(Foto: EPTV)
A Santa Casa de Franca (SP) passará a ser gerida, a partir de sexta-feira (15), por representantes do Governo Estadual, Prefeitura, além de integrantes da atual administração do Hospital. A medida tem como objetivo melhorar a situação financeira da instituição que suspendeu cirurgias eletivas desde o dia 5 deste mês por causa de uma dívida de cerca de R$ 70 milhões.
Na sexta-feira os representantes terão uma reunião com o Ministério Público da cidade para oficializar o acordo e estipular um cronograma para a volta das cirurgias em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). A partir desta data será constituída Organização de Saúde para assumir a gestão conjunta do hospital. Segundo a prefeitura, as medidas que serão tomadas para sanar o déficit da Santa casa – que chega a R$ 2,5 milhões por mês – não preveem cortes de serviços ou demissões.
A atual administração do hospital também está acertando os valores dos repasses de verba estadual e da prefeitura à instituição. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, o Executivo Municipal se comprometeu a destinar quatro parcelas de R$ 750 mil e o Estado ainda não definiu a quantia.
A Santa Casa de Franca suspendeu as cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em razão da crise financeira que se encontra. Foi a segunda interrupção no serviço em três meses.
Segundo o diretor administrativo da Santa Casa, Marcos Haber, os procedimentos eletivos cardíacos, de hemodinâmica e do setor de ortopedia foram paralisados em consequência do baixo nível de estoque dos materiais necessários para o funcionamento dessas atividades. Em 12 de dezembro o hospital suspendeu as cirurgias eletivas e os atendimentos em setores como radioterapia e fisioterapia por causa de uma dívida de R$ 8 milhões com empresas de medicamentos e materiais hospitalares.
Devido à falta de pagamento, os fornecedores suspenderam a entrega de produtos fundamentais para a realização das operações e dos exames. A suspensão, segundo a unidade, afetou diretamente mil pacientes por dia, a maior parte – 92% – formada por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Governo do Estado afirmou que um estudo sobre a estadualização do hospital está em andamento, mas não foi concluído.
Leandro Mata
Do G1 Ribeirão e Franca