Um grupo de pessoas realizou um protesto em Cajuru (SP), na tarde deste domingo (3), contra a morte de um rapaz de 26 anos, baleado por um tiro durante uma briga na cidade há uma semana. O industriário Edvaldo Francisco da Silva morreu depois de ser baleado em frente à sua casa no bairro Dom Bosco no dia 24. Outro rapaz atingido no mesmo dia, André Luiz dos Reis está internado em estado grave no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), de acordo com sua família.
Com cartazes contendo frases e fotos em homenagem à vítima, amigos e parentes pediram que as autoridades solucionem o caso e prendam o suposto autor dos disparos. A passeata tomou as principais ruas do Centro da cidade e chegou até as sedes das Polícias Civil e Militar do município – não houve tumultos entre policiais e manifestantes.
Segundo os integrantes do movimento, o suspeito de ter matado Edvaldo está foragido, mas chegou a fazer ameaças a quem mora na região dias depois do episódio. “Ele fica fazendo ameaças por mensagem no celular. Fala que vai fazer uma tragédia aqui no bairro. A gente vai à delegacia apresentar essas ameaças, mas nada acontece”, disse a dona de casa Rosane Cristina da Silva, vizinha do industriário.
De acordo com Cristiane Aparecida dos Reis, irmã de André Luiz, a situação precisa ser resolvida com urgência. “Se não tiver justiça ele [o suspeito] vai acabar matando a minha família, porque ele já falou que vai matar”, disse.
O caso
No domingo (24), Edvaldo Francisco estava do lado de fora de sua casa, no bairro Dom Bosco, quando foi atingido por uma bala que teria sido disparada em meio a um desentendimento em que ele até então não estava envolvido. O suposto autor do disparo é um rapaz de 25 anos que também teria atirado em André Luiz, com o qual se desentendeu por motivos pessoais.
Após o ocorrido, Edvaldo e André foram levados para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, mas somente André sobreviveu e permanece no Centro de Terapia Intensiva da unidade, segundo informou sua família. Edvaldo morreu na última terça-feira (26) depois de não resistir a uma cirurgia, segundo sua irmã Cristiane. “Agora a gente pede justiça. Não tem o que falar dele. Ele nunca brigou, era atencioso com todo mundo, ajudava todo mundo”, disse.
Polícia Civil
O G1 entrou em contato com a Polícia Civil em Cajuru, mas o agente policial que estava de plantão disse que informações sobre o caso poderiam ser obtidas apenas na segunda-feira (4).
Do G1 Ribeirão e Franca