Um rapaz de 23 anos foi preso nesta quinta-feira (22) por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bebedouro (SP) por tentativa de homicídio. Ele teria atirado quatro vezes contra um mecânico na cidade em dezembro do ano passado. O jovem já era investigado sob a suspeita de cometer vários furtos a imóveis na cidade para sustentar um alto padrão de vida, o que lhe rendeu o apelido de “playboy do crime”.
Segundo o delegado da Seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, em 2007 o jovem chegou a ser indiciado em pelo menos 14 inquéritos, sendo a maioria por furtos qualificados. Apesar das acusações, ele respondia em liberdade pelos crimes. Nas investigações, os policiais constataram que, mesmo sem trabalhar, o rapaz frequentava academias, usava roupas caras, dirigia veículos importados e postava fotos de viagens e cruzeiros nas redes sociais.
“A história desse rapaz é muito longa. Ele começou cedo, fugia do perfil do criminoso comum que gasta com festas e ao mesmo tempo em que angaria fundos com o crime, não tem nada. Muitos outros [criminosos] começaram a seguir pelo mesmo caminho. Praticando os crimes e economizando, comprando imóveis, mobiliando os imóveis”, diz Vasconcelos.
Em dezembro de 2012, o jovem tentou matar com quatro tiros um mecânico de 29 anos no bairro Jardim Hércules Hortal em Bebedouro, pela suspeita de o homem tê-lo denunciado. A vítima sobreviveu e denunciou o rapaz a polícia.
“Quando ele foi executar esse rapaz, ele fez tudo como em um filme de cinema, parou a motocicleta longe, desceu, tocou a campainha e quando ele [a vítima] saiu, deu quatro tiros. Pensou que tinha matado e foi embora. Se o cara não tivesse sobrevivido nós não teríamos solucionado o crime”, afirmou o delegado.
Para a polícia, o rapaz alegou que o crime cometido foi em legitima defesa. Segundo Vasconcelos a prisão do jovem é importante para dar uma “satisfação à sociedade” e inibir que mais pessoas cometam o mesmo tipo de crime.
“Para nós foi a prisão mais importante do ano, do ponto de vista de Segurança Pública. Porque ele estava representando um folclore, as pessoas diziam ‘ninguém prende fulano, ele vai depor no fórum de Audi’, por isso essa prisão é emblemática”, conclui o delegado.
do G1 Ribeirão e Franca