Um levantamento realizado em Franca (SP) revelou que 62,3% dos estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares do município consomem álcool regularmente. O trabalho, que ouviu 924 alunos, apontou também que 9% dos entrevistados já fumaram maconha e 22% são a favor da liberação do entorpecente. O objetivo da pesquisa é identificar o estilo de vida dos jovens para nortear as políticas públicas de prevenção e combate a droga.
O estudo, feito por um instituto de pesquisa em parceria com a Secretaria de Saúde, foi divulgado na manhã desta quinta-feira (21). De acordo com os relatos dos adolescentes entrevistados, o crack e a cocaína não estão entre as drogas mais usadas pelos jovens. O crack foi citado por apenas 0,1% dos estudantes e 1,8% deles disseram ter experimentado cocaína. O levantamento mostra que 5,5% dos alunos fumam cigarro regularmente.
Para a secretária de Saúde de Franca, Rosane Moscardini Alonso, o levantamento é necessário para que as campanhas realizadas pela prefeitura sejam mais efetivas. “A gente já vem desenvolvendo um trabalho de prevenção nas escolas contra o uso de álcool e drogas. Em função disso, nós encomendamos essa pesquisa para que pudéssemos complementar as ações necessárias”, comentou Rosane.
Segundo ela, a capacitação dos servidores municipais, bem como o atendimento a esses adolescentes que usam drogas e consomem bebidas alcoólicas, serão melhorados. “A gente já tem um Centro de Atenção Psicossocial que atende usuários e é referência na região. Nós estamos fazendo parcerias para que esse CAPS atenda 24 horas por dia”, disse a secretária. Rosane disse também que as vagas neste Centro serão aumentadas, mas não especificou quando isso irá acontecer.
DSTs
O instituto que realizou o levantamento quis saber também sobre a vida sexual dos adolescentes. Mais da metade dos jovens (53,9%) disseram não ter tido relação sexual. Dos que tiveram a experiência, 35,1% disseram ter usado preservativo e 10,7% revelaram que não usaram camisinha em alguma relação. “Temos um programa que orienta os estudantes sobre as doenças sexualmente transmissíveis dentro das escolas. Isso continuará sendo feito “, concluiu.
do G1 Ribeirão e Franca