Do G1 Ribeirão e Franca
(Foto: Guilherme Leoni/EPTV)
Foi enterrado na manhã desta quarta-feira (6), no Cemitério Municipal de Igarapava (SP), o corpo da auxiliar de enfermagem morta na terça-feira (5) ao ser atropelada por um caminhão dos bombeiros na Rodovia Tancredo Neves, em Franca (SP). Helena Gomes da Silva, de 49 anos, foi sepultada por volta das 9h na cidade onde nasceu.
O velório foi marcado por homenagens de amigos e parentes, inconformados com o acidente que matou Helena. Uma das filhas, Lorena Gomes de Morais Ribeiro, disse que a família contratará um advogado para processar o Corpo de Bombeiros.
“Assim que terminar o enterro vou buscar o boletim de ocorrência e saber detalhes das investigações. Esse caso não pode terminar assim. O que eu puder fazer, eu vou fazer”, disse Lorena. O resultado da sindicância aberta pelo Corpo de Bombeiros para investigar o caso será divulgado em 30 dias.
Helena sofreu um acidente com o neto de 6 anos na manhã de terça-feira, quando levava a criança ao pronto-socorro de Franca. A polícia informou que ela não teria respeitado o sinal de pare em um trecho da rodovia próximo à região de chácaras e colidiu com um caminhão, que passou por cima do veículo.
Com o impacto, a auxiliar de enfermagem foi arremessada para fora do carro. Gravemente ferida, a mulher foi deixada na pista até que o resgate chegasse para socorrê-la. Mas, ao se aproximar do local, segundo testemunhas, a viatura dos bombeiros não freou e acabou atropelando a mulher, que morreu no local.
Lorena contou que o filho presenciou todo o acidente e permanece em estado de choque desde então. O garoto foi retirado do carro com ferimentos leves. “Ele não come, só fica falando da avó, lembrando o que aconteceu e chorando. Vamos ter que procurar um psicólogo para ajudá-lo. Estamos todos transtornados com o que aconteceu”, disse.
por viatura dos bombeiros (Foto: Arquivo Pessoal)
Testemunhas
O ajudante de caminhoneiro Peterson Meneghetti, que estava na carreta que colidiu contra o carro de Helena, contou que a mulher foi arrastada por cerca de dez metros pela viatura dos bombeiros. “O caminhão só parou um quilômetro depois do local em que ela estava”, afirmou.
Para o genro da vítima e pai da criança ferida no acidente, o pespontador Bruno Martinez, houve imprudência do militar que dirigia o veículo. “O caminhão de bombeiros foi para ajudar e acabou atropelando a minha sogra. Alguma coisa muito errada aconteceu, eu tenho certeza disso. Eles tinham que ter freado antes.”
Bombeiros
O capitão dos Bombeiros Marcelino Patrício dos Santos disse que um inquérito vai apurar o caso e verificar as condições da viatura que atropelou Helena. Segundo Santos, o bombeiro que dirigia o caminhão enxergou a mulher na pista, mas não conseguiu desviar por causa do peso do veículo.
Equipes de Ribeirão Preto e de São Paulo trabalharão na perícia para apontar as causas do acidente. De acordo com Santos, há a hipótese de que o caminhão tenha perdido o freio.
(Foto: Guilherme Leoni/EPTV)