A Polícia Civil deverá abrir inquérito para apurar a morte do ex-policial militar rodoviário, Ronilson de Melo Neto de 38 anos que foi encontrado morto dentro de seu carro em uma estrada de terra entre a cidade de Ibiraci a Sacramento.
A ocorrência foi registrada pela Polícia de Sacramento que ao chegar ao local encontrou o motorista sem vida. A principal suspeita para a causa da morte é suicídio, já que no interior da Pick-up, os policiais encontraram uma mangueira que estava ligada ao sistema de exaustão do escapamento, o que pode caracterizar a morte por intoxicação de gás. No interior do carro a Polícia encontrou ainda uma carta destinada à família, onde o ex-policial se despede.
Ronilson estava sendo apontado como suspeito de ter estuprado uma mulher de 47 anos no ano passado. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde a delegada Graciela de Lourdes David Ambrósio analisava a situação. Ronilson não havia sido acusado do crime, inclusive, segundo a delegada não houve o indiciamento dele e o caso foi encaminhado ao Fórum, onde a Justiça deveria intimar o ex-policial a prestar depoimento.
Pelo fato ter acontecido no Estado de Minas Gerais, o corpo do ex-policial foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Araxá, onde os laudos deverão ser entregues a Polícia dentro de aproximadamente 30 dias. A pick-up de Ronilson foi recolhida ao pátio e deverá ser periciada.
O corpo do ex-policial rodoviário foi sepultado na manhã de domingo no Cemitério Santo Agostinho.
O caso
Ronilson de Melo foi apontado como principal suspeito de ter estuprado uma mulher de 47 anos, que teria sido rendida pelo policial quando estaria a caminho de uma igreja no Jardim Tropical. O caso foi registrado em junho de 2012. A princípio chegou a citar que a vítima sofria de Alzheimeer e depois foi informado que a mulher é portadora da doença de Parkinson.
A vítima relatou que foi levada a um cafezal, onde foi cometida a violência sexual. Ao denunciar o caso a Polícia, Ronilson foi intimado a prestar depoimento na delegacia, onde compareceu e se negou a realizar um exame que poderia comprovar a agressão. Segundo a delegada Graciela, o suspeito alegou que faria o exame somente depois de uma ordem judicial. Ordem pela qual que não havia sido emitida pelo Juiz responsável pelo caso.
Segundo a Polícia, Ronilson não corria de risco de ser preso nesta fase do processo. “Primeiro ele deveria ser ouvido pela justiça que iria solicitar a realização do exame de DNA”, disse a delegada que relatou que não presidiu o caso, devido a ter se afastada da delegacia para se candidatar a um cargo público.
Reconhecimento
Segundo a Polícia, Ronilson havia sido reconhecido pela vítima através de fotos mostradas a ela no interior da delegacia. Durante toda a investigação, o ex-policial negou as acusações e negou conhecer a mulher.
Fonte: Diário da Franca