Um grupo de dez amigos procurou a Polícia Civil neste domingo (20) em Ribeirão Preto (SP) para registrar um boletim de ocorrência contra um bar, onde acontecia uma festa. Eles alegam que foram espancados por seguranças dentro do estabelecimento na Rua São Paulo, no bairro Campos Elíseos, nesta madrugada, após um desentendimento entre clientes.
As dez pessoas ficaram feridas e foram atendidas na Unidade de Saúde do bairro Sumarezinho, e liberadas em seguida.
Os responsáveis pelo bar negam que os seguranças tenham agredido os amigos.
O caso
Segundo a auxiliar administrativo Daiana Priscila da Silva, a confusão começou quando uma mulher esbarrou no pé de uma jovem que estava com o grupo. “Passou uma menina e tropeçou no pé da nossa amiga. Ela ficou encarando a gente, mas saiu. Depois de um tempo, quando nós estávamos indo embora, essa moça veio querer arrumar confusão com a gente e derrubou uma cadeira. Mas a gente não quis brigar”, diz.
Daiana acredita que os seguranças viram as cenas pelas câmeras de monitoramento do bar e deduziram que estava havendo uma briga. “Não estava acontecendo nada. Aí os seguranças chegaram e começaram a separar os meninos como se eles tivessem brigando e começaram a bater neles sem parar”, lembra.
A auxiliar conta que em nenhum momento os funcionários perguntaram o que estava acontecendo. “Ninguém conversou, nem nada. Parecia uma luta. Eles bateram em todo mundo dentro da boate. Nem as mulheres foram poupadas. Eu recebi uma chave de braço de um deles quando fui tentar conversar no momento em que eles bateram no meu marido. Parecia que tinha um monte de bandido. Foi uma violência absurda”, declara.
Para Bruno Marques, que estava com o grupo, a ação dos seguranças foi bárbara. “Os seguranças agiram com muita violência e espancaram a gente. Foi uma barbárie. Tudo quanto é forma de agredir uma pessoa eles estavam fazendo. Até as meninas apanharam. Eram uns 15 contra um grupo que não tinha como se defender”, afirma.
O vendedor Alex Clayton da Silva Junior é um dos que ficou mais ferido. “Eu nem vi direito o que estava acontecendo, porque me bateram demais. Vieram uns sete em cima de mim e não tive nem como reagir. Uns seguravam e os outros batiam. Caí no chão, me chutaram”, conta.
De acordo com Marques, o grupo pretende processar a casa noturna. “Era a quinta vez que a gente ia lá e nunca aconteceu nada. Saímos para nos divertir e a noite virou uma tragédia”, diz.
Outro lado
Procurados pela reportagem, os proprietários da casa noturna disseram uma briga começou entre os clientes e que por isso os seguranças colocaram os envolvidos para fora do local. Eles disseram ainda que nenhum segurança agrediu os clientes.
Do G1 Ribeirão e Franca