Os interessados em adquirir a casa própria por meio de programas habitacionais em Ribeirão Preto (SP) terão que fazer o recadastramento na Companhia Habitacional (Cohab) da cidade. Segundo o anúncio feito na segunda-feira (7) pela prefeita Dárcy Vera (PSD), o objetivo da ação é saber a real demanda do município e enquadrar o perfil dos candidatos à aquisição do imóvel de acordo com programas como o Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
O prazo para o recadastramento terá início no dia 15 de janeiro e se estenderá por 60 dias. Os dados poderão ser preenchidos pelo site da Cohab, na própria companhia – na Avenida 13 de maio, 157 – no Poupatempo ou no ônibus do Serviço de Atendimento Móvel ao Munícipe, que ficará estacionado no Centro da cidade para atender os interessados. Os candidatos que não fizerem a atualização terão a sua inscrição na Cohab cancelada automaticamente
Realidade
De acordo com Dárcy, a Cohab tem atualmente 80 mil pessoas cadastradas. “Acreditamos que esse número real seja de 25 ou 30 mil pessoas. O cadastro é antigo e temos que saber exatamente quantas pessoas aguardam por casas em Ribeirão Preto”, afirmou. A prefeita disse que o recadastramento fará com que as pessoas que já tenham adquirido seus imóveis sejam excluídas e as que ainda aguardam pela oportunidade, depois de anos de espera, tenham chances maiores.
Segundo o diretor da Cohab, Silvio Geraldo Martins Filho, a administração municipal tem se empenhado em encontrar uma maneira para que os candidatos mais antigos cadastrados sejam contemplados. “Esse recadastramento vai facilitar o nosso trabalho. Nós precisamos pensar em como privilegiar os candidatos mais antigos, mas para isso nós precisamos recadastrar essas pessoas”, explicou. Martins Filho, entretanto, não disse como ou quando o plano será posto em prática.
Favelas
O recadastramento da Cohab também vai incluir os núcleos de favelas de Ribeirão. Após esse trabalho, haverá uma espécie de ‘congelamento’ nas favelas para evitar que migrantes se instalem nos núcleos já cadastrados. “Nós já fizemos esse estudo em várias favelas, mas elas se modificam muito rápido e é importante que esse congelamento seja feito novamente”, disse Martins Filho.
“Novos migrantes vindo para Ribeirão Preto não serão privilegiados e nós daremos atenção para quem é da cidade, ou seja, quem já mora aqui faz tempo”, concluiu o diretor.
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Eduardo Guidini
Do G1 Ribeirão e Franca