Um adolescente de 14 anos foi detido nesta quarta-feira (7) com 63 cápsulas de cocaína na Escola Municipal Elza Pegoraro, em Jardinópolis (SP). A droga foi encontrada na mochila do estudante pela diretora, que chamou a Polícia Militar e os responsáveis pelo menor.
Segundo o policial militar Carlos Roberto Marcondes, que atendeu a ocorrência, a diretora encontrou a droga ao perceber uma aglomeração de alunos durante o intervalo das aulas e verificar o que acontecia. “Quando se aproximou, ela percebeu que todo mundo saiu de perto e deixou uma bolsa no local. Ao pegar a bolsa, ela viu uma cápsula de cocaína e acionou a viatura. Nós verificamos a bolsa e localizamos dentro dela um saco plástico com 63 cápsulas de cocaína prontas para venda e consumo”, disse.
O PM contou que a mulher apontou para os policiais de quem era a mochila. O menino indicado disse que a bolsa pertencia a outro aluno, que admitiu ser o dono da droga. “Ele afirmou que era dele o entorpecente e que realmente fazia a venda desse entorpecente tanto na escola quanto nas imediações”, afirmou Marcondes.
O adolescente está apreendido na delegacia da cidade, onde ficará até decisão da Promotoria da Infância e Juventude.
Conselho Tutelar
De acordo com o conselheiro tutelar Murilo Ronaldo Menegueti, o Conselho registrou oito casos de drogas em escolas municipais este ano na cidade. No entanto, ele explicou que não são todas as ocorrências em que os conselheiros são acionados. “Em muitas das vezes, os diretores chamam diretamente a polícia e o Conselho nem chega a ser comunicado. Neste caso, os pais do adolescente se apresentaram e são os responsáveis por ele.” O Conselho vai acompanhar a família.
Prefeitura
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que as escolas da cidade recebem um programa de conscientização contra o uso de drogas organizado por voluntários em parceria com a Secretaria de Educação, além de palestras dadas pela Polícia Militar.
O assessor Olavo Ferreira afirmou que uma psicopedagoga acompanhará o estudante e a família. Ele disse também que é impossível inibir totalmente que esses casos aconteçam. “Apesar de todo trabalho feito, sempre tem casos. Muitos dos alunos são carentes, de regiões vulneráveis onde há tráfico, e acabam achando que esse é o melhor caminho. Esse é um problema social muito sério que não é exclusivo de Jardinópolis.”
Para ler mais notícia do G1 Ribeirão e Franca, clique em g1.globo.com/ribeirao. Siga também o G1 Ribeirão e Franca no Twitter e por RSS.