
(Foto: Reprodução/EPTV)
A advogada de Franca (SP) Adriana Telini foi solta na noite desta quarta-feira (22) em São Paulo. Ela estava presa há três anos respondendo pelo crime de participação em um roubo e cumpria pena na penitenciária de Santana, na capital paulista.
Alem do roubo, Adriana Telini também é acusada de formação de quadrilha e associação com o tráfico de drogas. Ela foi solta após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitar a alegação de que houve erro na instrução do processo de roubo, que chegou a ser anulado pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo em setembro do ano passado. Com isso o STF concedeu o habeas corpus.
O processo de roubo em que Teline é acusada voltará para o Fórum de Franca onde será revisto. A advogada, que chegou a ficar um ano foragida, vai continuar respondendo pelos outros crimes em liberdade.
Adriana Telini teve o direito de exercício da profissão suspenso pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Franca. Ela também é investigada pela comissão de ética da OAB em Ribeirão Preto.
O caso
Adriana Telini chegou a ser condenada há mais de 12 anos de cadeia por participação em um roubo em 2008 contra um casal que vendia joias. As vítimas perderam R$ 30 mil na ação da quadrilha, que aconteceu na Rodovia Ronan Rocha. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça gravaram a advogada, na hora do assalto, passando informações para um dos comparsas que era noivo dela.
“Vai para a estrada de patrocínio. Tem uma Fiorino. Tá só dois caras (SIC). O cara está com R$ 30 mil no bolso”, diz Telini.
Em outra conversa gravada, ela orienta o suspeito sobre mais um assalto, dessa vez contra uma cliente dela. “Eu estou no escritório, a mulher saiu da porta da imobiliária com um comprador e com R$ 20 mil no bolso.”
Em 2006 escutas telefônicas também flagraram a advogada oferecendo ajuda a um fugitivo da cadeia de Franca. “Onde cê tá (SIC)? Quer vim escondera aqui na minha casa? Não tem ninguém aqui”, afirma.
No mesmo ano ela foi ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do tráfico de drogas e de armas em Brasília (DF) sobre um suposto envolvimento com uma facção criminosa, mas negou ter ligação com o crime organizado.
Do G1 em Ribeirão e Franca