
Estatísticas mostram que de cada 10 queimadas no estado de São Paulo, quatro acontecem na região de Ribeirão Preto (SP). De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foram 751 focos identificados desde janeiro em todo o estado e 23 deles só em Barretos (SP), a cidade que está no topo da lista.
Na tarde desta terça-feira (14), o fogo atingiu a palha seca que sobrou do corte de cana-de açúcar em uma fazenda de Ribeirão Preto. Três caminhões pipa estacionaram no limite do terreno para evitar que o fogo atravessasse a cerca e atingisse a cana que ainda está plantada.
Uma viatura do Corpo de Bombeiros chegou a ser chamada, mas o fogo cessou minutos depois. A fumaça preta, no entanto, espalhou-se rapidamente com o vento, começando a se dissipar somente no limite da cidade com Sertãozinho (SP), onde já havia outro foco de incêndio.
Infrações
De acordo com o gerente do Inpe Marco Antonio Artuzzo, o período chuvoso este ano foi mais longo, mas incêndios ilegais já foram registrados entre julho e agosto. “Nesse período três infrações já foram contadas, principalmente por queima de palha de cana fora do horário permitido.”
O fogo para corte de cana só pode ocorrer entre 20h e 6h e apenas em plantações que estão a mais de um quilômetro do perímetro urbano. Quanto mais perto das casas, mais problemas a fumaça e a foligem provocam.
E o problema não está só na zona rural. A última chuva em Ribeirão Preto foi no dia 18 de julho. Desde então, o Corpo de Bombeiros atende em média quatro chamados por dia para combater queimadas urbanas.
“As pessoas aproveitam para colocar fogo em cosias que querem descartar e prejudicam a rua toda, pois isso causa problemas respiratórios e alergias”, afirmou o tenente Jean Gomes Pinto
Do G1 Ribeirão e Franca