
As águas do Rio Grande, na divisa de São Paulo e Minas Gerais, têm registrado uma superpopulação de plantas há pelo menos três anos em ranchos da região deMiguelópolis (SP).
A espécie mais comum encontrada é a “rabo-de-gato”, que cresce cerca de dez metros até a superfície e se desenvolve em emaranhados. Composição que escora outras formas de vida como moitas de guapés e tiriricas e é capaz de sustentar o peso de garças.
Apesar da beleza natural, o crescimento fora de controle das plantas aquáticas está associado à descarga excessiva de resíduos orgânicos no rio, como esgoto e lixo industrial, segundo o ambientalista Paulo Finotti. “Existem nutrientes, caso contrário não haveria proliferação”, diz Finotti.
Associada também às margens do Rio Grande, a vegetação aquática concentrada dificulta o deslocamento de embarcações, a pesca esportiva de tucunarés e o acesso aos ranchos, de acordo com a população ribeirinha.
“[As plantas] estão se propagando muito por essas beiradas e causam muita dificuldade para nós aqui nos ranchos, atrapalhando demais a navegação de barcos e jet skis”, afirmou José Alves, morador da região.
Do G1 Ribeirão e Franca