
O Corpo de Bombeiros retomou na manhã deste domingo (10) as buscas pela adolescente Sara Dominciano Pereira, 15 anos, que foi arrastada pela correnteza quando o carro em que estava com familiares caiu no córrego Cubatão em Franca (SP).
Segundo informações dos bombeiros, sete soldados divididos em duas equipes, uma terrestre e uma de mergulho, recomeçaram os trabalhos na região conhecida como Galo Branco, próximo à Avenida Dr. Hélio Palermo. A extensão urbana do córrego, trecho de aproximadamente seis quilômetros, já foi percorrida.
Em entrevista ao G1 na noite de sábado (9), o soldado Fransérgio Pentate afirmou que as buscas estão se tornando difíceis por causa da mata fechada no entorno e pelo relevo acidentado do córrego. Segundo ele, não há expectativa de encontrar a jovem com vida. “É muito difícil, digo isso pela experiência que temos com outras pessoas que caíram nesse córrego”, afirmou.
O acidente
A adolescente está desaparecida há quase dois dias, quando o carro conduzido pelo avô dela – o pedreiro Adelino Dominciano, 78, que morreu no local – saiu da pista e despencou no leito na tarde de sexta-feira (8). Além de Sara e Dominciano, estavam no veículo a avó da jovem, Maria de Loudes Dominciano, e o primo William Dominciano, de 26 anos. Os dois foram atendidos na Santa Casa de Franca e não correm risco de morte.
Willian relatou que conseguiu subir no capô do carro e tentou ajudar a socorrer os familiares. “Tive que colocar meu avô para dentro, para não bater no tubo de água. Minha esperança era que aquele tubo travasse o carro, aí eu conseguiria quebrar o vidro e puxá-los para fora.”
Muretas
O rapaz disse acreditar que o fato não teria acontecido se as laterais do córrego tivessem muretas de proteção. “O acidente não teria acontecido, porque meu avô não estava correndo, ele não corre”, disse.
De acordo com Sérgio Buranelli, Secretário de Segurança e Cidadania de Franca, a Prefeitura pretende alargar o leito do córrego e, por isso, ainda não instalou as muretas. “Se fizer isso agora vai ser jogar dinheiro fora, porque teria que desmanchar tudo depois”, afirmou. O secretário não apresentou prazo para a obra.
Do G1 Ribeirão e Franca