Um menino de 11 anos passou por uma cirurgia após ser agredido por colegas dentro da escola estadual Cândido Portinari em Batatais . O garoto contou que recebeu chutes no abdômen de um colega durante o intervalo e chegou a ficar alguns minutos caído no chão do pátio sem ser socorrido.
“Aí eu fui na diretoria para eles ligarem para a minha mãe e eles não quis (sic) e falaram que já estava acabando a aula. Fui no banheiro, tomei água, aí eu voltei e disse que estava com muita dor. Peguei o celular que eu tinha levado e liguei pra minha mãe”, disse o garoto em entrevista ao Jornal da EPTV.
Depois de quase uma semana com dor, a criança foi levada ao hospital pelos pais e após uma ultrassonografia os médicos constataram a necessidade da cirurgia. “O médico falou que podia ser apendicite, mas tava tudo inflamado por dentro por causa do chute”, contou.
A mãe da criança afirmou que as agressões são frequentes dentro do colégio e que já presenciou estudantes pulando o muro para não assistir às aulas. “A minha vontade de tirar ele dessa escola é muito grande, mas nas outras escolas nunca tem vaga. E tem escola que não aceita [transferência de] aluno do [colégio] Cândido Portinari”, relatou.
Outro caso
Uma vendedora afirmou que a violência é motivada pelo uso de drogas dentro da instituição. Ela chegou a registrar um boletim de ocorrência depois que o filho de 11 anos teve os óculos quebrados e foi agredido com golpes na cabeça por colegas de classe. “A diretora não estava lá, já tinha ido embora. Eu fui na polícia e mesmo assim ela não me atendeu. A gente vai esperar alguém morrer lá dentro?”.
Educação
A assessoria da Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto informou que uma equipe de supervisores será enviada à escola para avaliar as medidas necessárias. O Conselho Tutelar também será acionado e uma reunião com estudantes, responsáveis e comunidade, de acordo com a diretoria, será marcada esta semana.
A escola conta com câmeras de monitoramento e apoio da Ronda Escolar, além de promover atividades para prevenção de conflitos e uso de drogas, informou o departamento.
Fonte: G1 Ribeirão e Franca