Consórcios de carro, moto e imóvel já são conhecidos pelo consumidor. Mas nos últimos meses uma nova categoria está conquistando espaço e cresceu 200% na região de Ribeirão Preto. É o consórcio de serviços. Quem é contemplado pode usar o dinheiro com o que quiser, basta apresentar nota fiscal.
Desde a aprovação das novas regras do Banco Central, as administradoras puderam oferecer também serviços. E o número de adesões para este tipo de contrato cresce rápido, o crescimento de 200% é comparando os primeiros meses de 2010 com os deste ano.
Numa administradora em Franca, a diretora Edna Maria Honorato identificou o perfil da clientela e já mostra uma tendência. “As mulheres são as que mais procuram porque elas se planejam mais do que os homens”, diz.
Na assinatura do contrato, o consorciado escolhe o valor da carta de crédito e quando contemplado pode usar no pagamento de qualquer tipo de prestação de serviço, desde que apresente a nota fiscal.
Os clientes já mostraram suas preferências na região de Ribeirão Preto. 50% planejam usar o crédito para reformar a casa; 20% contam com o dinheiro para pagar uma festa e 11% dos consorciados querem fazer uma cirurgia ou algum procedimento médico. “A vantagem é que pode ser sorteado logo ou dar o lance se quiser usar logo o crédito”, explica Edna.
Nos quatro primeiros meses de 2011, 29% dos contemplados usaram o dinheiro para eventos e festas, 16% para saúde e estética, 9% para turismo e 5% para educação
As opções no mercado dos consórcios aumentaram e os cuidados antes de assinar o contrato também. Antes é preciso avaliar se esta é realmente a melhor alternativa para os seus planos. A dica do economista Hélio Braga é comparar taxas e juros do consórcio com o financiamento, por exemplo. “Vale ressaltar que o investimento do consórcio deve ser pensado a longo prazo”, orienta.
Há 16 anos, a dona de casa Karla Alessandra Machado fez seu primeiro consórcio e comprou uma moto. O segundo foi para pagar o casamento e garantir a festa. “Foram muitos anos sonhando com isso e eu não me arrependo de nada, nem de agora ter de continuar pagando as parcelas”, confessa.
Fonte: EPTV