O budismo tibetano é assim conhecido apenas pelos pesquisadores europeus, que assim se referiam a esta religião do Tibete para diferenciá-la do budismo indiano, destacando assim a natureza mágica da vertente tibetana. Mas, em tese, conforme o ponto de vista de outros historiadores, não há diferenças marcantes entre estas duas ramificações.
O budismo praticado no Tibete tem como meta uma solitária jornada espiritual, exercendo a gloriosa função de guiar o viajante ao longo da caminhada, amparando-o e oferecendo-lhe uma viagem segura ao longo de uma escada que garante a incessante possibilidade do progresso da alma. Os rituais e festas cerimoniais conduzem o aprendiz a uma primeira fase de serenidade. Inicia-se então a etapa tântrica, que provoca a desmaterialização dos embates interiores, sublimando-os até convertê-los em energia pura.
O budismo tibetano compreende quatro realidades essenciais: tudo é sofrimento; a fonte do sofrimento é o desejo; devemos nos libertar do sofrimento; o caminho do meio, que se traduz pelo exercício da paciência, da vigilância, e pelo discernimento dos pensamentos desequilibrados.
Fonte: Ribeirão Preto Online