Que a natureza é um santo remédio para o nosso estresse diário, não é mais novidade. Só que dessa vez, um estudo científico mostra que uma hora em contato com o verde, pode reduzir consideravelmente as chances de desenvolvermos transtornos emocionais, como o estresse.
Além disso, a pesquisa também diz que as pessoas que moram ao redor de muita natureza têm maior controle do estresse e reações frente ao perigo.
A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Max Planck, na Alemanha e contou com o acompanhamento de diversos voluntários, em diferentes perfis, como classe social, profissão, idade e sexo. Muito bacana!
O estudo
Não é de hoje que as pesquisas têm demonstrado que, mesmo dentro da cidade, o contato com o verde pode trazer benefícios ao cérebro.
Os pesquisadores do Instituto Max Planck utilizaram esses dados para estudar mais profundamente os perfis e as regiões do corpo que são afetadas positivamente com o contato com a natureza.
Segundo eles, as amígdalas são os grandes “sensores” do nosso corpo nestes casos. Eles testaram um grupo que caminhou por uma hora na floresta e numa rua movimentada.
Após a caminhada na floresta, as amígdalas ficaram menos ativadas, o que não aconteceu com os voluntários que ficaram nas ruas da cidade.
Ao caminharem pela cidade com um aparelho de eletrencefalograma portátil e passarem por ruas comerciais agitadas, voluntários apresentam o cérebro excitado.
O contrário acontece em um parque da cidade, quando as ondas cerebrais ficam mais “meditativas”.
Também foi notado que pessoas que moram próximas a árvores e parques têm níveis menores do hormônio do estresse cortisol quando comparadas às que vivem cercadas de concreto por todos os lados.
Cérebro funciona diferente
O resultado do estudo apontou que as pessoas que vivem nas grandes cidades têm maior risco de apresentar transtornos mentais. Através de ressonância magnética funcional, foi demonstrado que o cérebro de quem mora no campo reage de forma diferente a estímulos de estresse quando comparados aos moradores da cidade.
Os pesquisadores mostraram uma maior ativação das amígdalas entre os moradores de grandes cidades e foi curioso o fato de que isso estava presente mesmo nos adultos que viveram nas “selvas de concreto” somente na infância.
O local onde moramos pode mesmo influenciar nossa saúde, não só a saúde mental. Sabemos que morar à beira de rodovias aumenta o risco de doenças cardiovasculares devido à poluição do ar.
Também há dados de que quanto maior o número de restaurantes “fast food” na vizinhança, maior o risco de infarto agudo do coração e derrame cerebral.
O risco de diabetes é menor em comunidades que têm na vizinhança boas opções para realização de atividade física, além de comércio com oferta de produtos alimentícios saudáveis. Isso sem falar no trânsito.
Fonte: Só Notícia Boa com informações de Correio Braziliense