Cerca de cem pessoas participaram no último sábado (1º), no Centro Cultural Santa Rita, do I Workshop Sobre Abelhas Sem Ferrão de Sales Oliveira. O evento reuniu especialistas para palestras, oficinas e atividades práticas.
O minicurso gratuito abordou a meliponicultura, criação racional de abelhas sem ferrão. O meliponicultor José Mauro Souza (Maurinho), de vasto conhecimento e experiência na área, palestrou sobre “A Arte de Criar Abelhas Sem Ferrão”.
A bióloga e instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Viviane Laguna falou sobre “Jardinagem e Meliponicultura” e o especialista, e um dos mais conhecidos do meio, Ailton Fontana compartilhou informações relacionadas ao “Manejo e Captura de Jataí”.
➡ Atividades práticas
À tarde ocorreram as atividades práticas, com manejo, transferência e multiplicação de enxames de abelhas. Além dos especialistas citados acima, também participou destas ações o meliponicultor Anderson Matos Magalhães, do projeto Recanto Abelha Nativa.
Todos os participantes tiveram a oportunidade de aprender e confeccionar ninhos-isca, — armadilhas de garrafa pet semelhante a ocos de árvores, — ambiente preferido das abelhas para a constituição de colmeia.
Estiveram presentes a presidente do Sindicado Rural e coordenadora do Senar Beatriz Schmidt Godoy Bonadio, o coordenador de Cultura e Turismo, Rogério de Arcangelo Ramos, e um dos organizadores do workshop Eder Avelar.
O evento foi promovido pelo Sindicato Rural, Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) e Senar, em parceria com a Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo (Amesampa) e Prefeitura, por meio dos departamentos de Meio Ambiente e de Cultura e Turismo.
➡ Criação de abelhas sem ferrão
No Brasil existem cerca de 300 espécies de abelhas sem ferrão, só no Estado de São Paulo mais de 60, entre elas, por exemplo, estão a Mandaçai, Uruçu e Jataí. Nativas do país, essas espécies apresentam um ferrão atrofiado, que não é utilizado para a defesa.
Essas abelhas não oferecem riscos à saúde, por isso não é necessária a utilização de vestimenta de proteção. Com isso, o meliponário pode ser no perímetro urbano, — diferente da apicultura, criação de abelhas europeias, italianas ou africanizadas, que possuem ferrão.
As abelhas nativas produzem um mel mais doce e nutritivo, e por isso, mais caro. Devido a desequilíbrios ambientais, em consequência do crescimento das cidades, desmatamentos e uso de agrotóxicos, diferentes espécies estão ameaçadas de extinção.
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