
O suspeito de três ataques a tiros na França está morto, informou o ministro francês do Interior, Claude Guéant, nesta quinta-feira. A morte do jovem francês de origem argelina Mohamed Merah foi anunciada após agentes da unidade de elite da polícia francesa terem invadido o apartamento no qual ele esteve cercado por quase 32 horas.
De acordo com o ministro, a polícia tomou a decisão de invadir o prédio após perder contado com o suspeito na noite interior. Segundo Guéant, os agentes encontraram Merah escondido no banheiro do apartamento e houve troca de tiros, na qual dois policiais ficaram feridas. Merah então pulou de uma janela do apartamento, com uma arma na mão, tendo sido encontrado morto no chão.
Mais cedo, por volta das 10h30 no horário local (6h30 de Brasília), ao menos três explosões foram ouvidas no local onde o jovem estava encurralado em Toulouse. As explosões aconteceram em intervalos de apenas alguns segundos, em meio à grande atividade da polícia e dos bombeiros em torno do prédio na Rua Sergent Vigné.
Merah é suspeito pelo ataque a tiros contra uma escola judaica de Toulouse na segunda-feira e por dois atentados contra militares na semana passada em Toulouse e Montauban. As três ações deixaram sete mortos.
Na quarta-feira, o ministro do Interior informou que o suspeito disse ter recebido instruções da Al-Qaeda no Paquistão para “uma missão geral” para um atentado na França, mas que rejeitou lançar um ataque suicida.
“Ele explicou a forma como recebeu instruções da Al-Qaeda durante sua viagem ao Paquistão, chegando a ter uma proposta para provocar um atentado suicida, que ele recusou, mas aceitou uma missão geral para cometer um atentado na França”, declarou o ministro à rede TF1.
O procurador François Mollins disse que o suspeito afirmou ter agido sozinho e lamentou as sete mortes, mas disse que queria matar mais pessoas para “deixar a França de joelhos”. Segundo Guéant, o suspeito afirmou que os ataques foram realizados para “vingar crianças palestinas mortas no Oriente Médio” e punir a França pelos “crimes” cometidos no Afeganistão.
Fonte: IG com AP, BBC e Reuters