
O Japão parou neste domingo para lembrar com um minuto de silêncio as vítimas do terremoto e devastador tsunami que há um ano arrasaram o nordeste do país. A tragédia de 11 de março de 2011 deixou quase 20 mil mortos e desaparecidos e provocou uma crise nuclear na usina de Fukushima, a pior dos últimos 25 anos.
Em Tóquio, o minuto de silêncio marcou o começo de um memorial do que participam o imperador, Akihito, o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, e os membros de seu Gabinete.
União
Durante o memorial, Akihito pediu aos cidadãos que mantenham seu apoio aos afetados pelo tsunami e que prossigam os “contínuos esforços” para melhorar a situação nas regiões afetadas.
O imperador, de 78 anos e recentemente submetido a uma operação de “by-pass” coronário, advertiu que ainda há “obstáculos no caminho” para os afetados pelo desastre. “Desejo que todo o povo japonês esteja com eles”, disse o chefe do Estado, com traje de luto e acompanhado por sua esposa, a imperatriz Michiko, vestida com um quimono preto.
Reconstrução e desafios
Reconstruir as cidades tem sido o maior desafio do governo japonês após a tragédia. A partir deste mês, os cofres públicos começam a liberar a primeira rodada de subsídios para as sete províncias e 59 municípios diretamente afetados. São cerca de R$ 5,3 bilhões que devem ser aplicados na remoção de famílias para áreas mais elevadas e reconstrução de prédios públicos, como escolas, postos de saúde e portos.
Encerrar definitivamente a crise nuclear é outro desafio importante, diante da dificuldade para retirar o combustível nuclear do interior dos reatores antes de desmantelar a usina, o que pode levar quatro décadas.
Veja alguns dados sobre a tragédia:
– Mortos: 15.854
– Desaparecidos: 3.167
– Desalojados: 334,8 mil
– Escombros retirados: 15,4 milhões de toneladas
– Escombros por retirar: 6,6 milhões de toneladas
– Orçamentos extraordinários para a reconstrução: quatro, no valor de 20,6 trilhões de ienes (R$ 445 bilhões)
– Doações administradas pela Cruz Vermelha e outras ONGs: 345,3 bilhões de ienes (R$ 7,4 bilhões)
– Indenizações estimadas da empresa elétrica Tepco aos afetados pela radioatividade até março: 1,7 trilhão de ienes (R$ 36 bilhões)
– Países que mantêm restrições à importação de alimentos do Japão: 47
– Reatores nucleares paralisados no Japão: 52 de 54
– Empresas em falência devido ao desastre de março: 644
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Fonte: iG São Paulo com EFE