Com saldo de 865 novos postos de trabalho, Morro Agudo (SP) é a segunda cidade paulista que mais gerou empregos em março, perdendo apenas para a capital, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgados nesta quinta-feira (17). O desempenho é atribuído ao campo e a indústria que, juntos, foram responsáveis por 81% das novas vagas.
O levantamento aponta que o setor industrial fechou o mês com saldo de 396 contratações, seguido de agropecuária, com 312 novos empregos, e depois serviços, com geração de 165 postos de trabalho. Construção civil e comércio encerraram março no mesmo patamar, com saldo de quatro demissões cada um.
Em comparação com os dados do ano passado, entretanto, Morro Agudo registrou queda de 5% no número de contratações: em março de 2013, a cidade criou 912 novas vagas, sendo 490 delas na indústria e 397 na área de serviços.
Indústria calçadista
Franca (SP) também obteve resultado expressivo, segundo o Caged, ficando em terceiro lugar no ranking estadual, com saldo de 821 novos empregos. No acumulado do trimestre, a cidade perde apenas para a capital, registrando 6,6 mil contratações entre janeiro e março. Desse total, 5,7 mil vagas foram geradas pela indústria calçadista, principal responsável pela economia da cidade, que enfrenta um bom momento tanto no mercado interno, quanto externo.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca), José Carlos Brigagão do Couto, o crescimento da exportação de calçados masculinos no início desse ano está impulsionando a contratação de trabalhadores no setor.
Ribeirão estabiliza
Apesar de registrar saldo positivo de 427 contratações em março, Ribeirão Preto (SP) teve o pior resultado para o mês nos últimos seis anos. Em comparação com o mesmo período do ano passado, por exemplo, que teve saldo de 818 novas vagas, a queda é de 47%.
Considerado o acumulado do trimestre, a cidade está em quarta posição no ranking estadual, com saldo de 3,6 mil novos empregos, atrás da capital, de Franca e de Campinas (SP), que até o mês passado figurava no quarto lugar. De acordo com o Caged, os resultados se devem ao setor de serviços, que gerou quase 2 mil vagas entre janeiro e março.
Para o economista Alberto Matias, o desempenho da cidade não é motivo de preocupação. Ele diz que a economia de Ribeirão cresceu rápido nos últimos anos, principalmente no setor de construção civil, e agora está estabilizada. “Não houve decréscimo. Ribeirão manteve empregos, apenas gerou menos do que nos anos anteriores. Estamos passando por uma consolidação do crescimento. É normal que isso ocorra.”
Do G1 Ribeirão e Franca